Sobre câmeras e bordados [Elaine de Souza*] Eu sou de Humanas e gosto de gente. E se tem uma coisa que acende um fogo aqui dentro são filmes com histórias bem contadas. Filmes, músicas e livros. Com histórias bem contadas. Sou aquela que fica na poltrona do cinema até rodarem todos os créditos. Isso porque além de gostar das gentes e de suas histórias, gosto de pensar nos fazeres de roteiristas, montadores, diretores de fotografia, redatores, enfim... Gosto de pensar sobre como encontraram soluções para contar uma história. Talvez isso explique minha preferência por documentários. Um gênero que deu à luz ao cinema quando a primeira câmera registrou “A Chegada do Trem na Estação”, dos irmãos Lumiére. Esse registro dos franceses abriu um portal para as produções documentais no mundo. Mas foi com “O Homem com a Câmera na Mão”, do russo Dziga Vertov, que o documentário fincou pés e alma no que chamamos narrativa experimental, abrindo caminhos para a liberdade e força do olh...
Projeto desenvolvido com recursos do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura (2021), do Estado de Santa Catarina, via Fundação Catarinense de Cultura